23.12.12


Magrela

Faltariam superlativos,
pra dizer o quanto és bela;
E mil artistas seriam preciso
Pra pintar seu sorriso na tela.

Teu diálogo compulsivo
Que a palavra sempre atropela.
Fez de mim um amigo afetivo,
Por uma noite tu foste Aquela.

Sendo guardiã de alguns segredos,
ou escutando minha alegria.
Confortando em momentos de medo.

Divagando alguma teoria.
Foi por esse nosso desenredo,
que lhe dedico essa poesia.

ROMERO, M.



29.6.12

Convívio

Eu necessito de pessoas,
do convívio,
do amor e do carinho.
São elementares,
fundamentais.
Sou infeliz só,
sou só em infeliz.

Uma simples resenha,
ou uma discussão calorosa.
As pessoas são diferentes,
quando não estão sós.
São iguais, todas elas,
quando não estão ambientadas.

Eu sou sincero,
não agrado a todos.
E não me importo.
Faço o certo, ou o errado,
depende do seu ponto de vista.
Depende da direção da sua estrada.

Conforto olhos que choram,
desprezo ironia que apedreja.
Mas desprezo olhos que choram,
e conforto quem foi apedrejado.
Tudo depende do lado.
Tudo depende do laço.

Ser meu amigo,
não é uma vantagem.
Ter um amigo, uma necessidade.
Ser meu inimigo,
não é prejudicial a ti.
Não ter inimigos é perigo,
Perigo mesmo, de si.

ROMERO, Murillo.

25.2.12


Bobona

Diz que vai pra Ribeirão
É melhor pra estudar.
Vai comer só macarrão.
E andar de circular

ROMERO, Murillo.

Garrafas e Confetes

Fico chateado com o descaso.
Não por acaso, foges de mim.
Inludibriado pela situação.
Tal como um gato
foge de um cão.
Tu procuras o fim.

Enfim, não é assim.
Pois o carnaval gritou pra mim,
Na quinta.
Pra antecipar, e por a cinta.
Se embebedar com quem convir.

Descansar a mente do sofrer
Dançar sem medo de se perder.
Beijar bocas com destresa.
Ver que a vida é uma beleza, 
quando passa-se a ressaca
da tristeza.

E levo numa boa.
Digo lá , para o  Rei Momo:
"Se puder descer do trono,
e emprestar sua coroa"
Pra reinar eu, na sanidade, 
e esquecer de ti,
com "marchinhas" já tão
de idade. 


ROMERO, Murillo



14.1.12


Rosso Amarillo Blue

Deitar no travesseiro
Poder os olhos fechar
Um novo poema moldar
Em mim sem por inteiro

Nessa Brisa colorida
Apenas coincidencia?
Quero ser a divergencia.
Dar o ombro a inimiga.

Quero viver a intensidade
cavalgar felicidade
A nossa melhor conversa

Na percepção imersa
Se afogar na controvérsia
ama-la com saudade.

ROMERO, Murillo

1.11.11

Sobre a conversa que não tivemos.


Foi rápida, duas ou três indagações.
Sua cara assustada, perdida,
tentando com o gaguejar explicar,
sem saber assim o que falava.
Minha cara embaraçada,
com os olhos esperançosos, vidrados disfarçadamente.
Assim devido pela inicial cerveja.
Eu com os olhos fitando-te,
mas no fundo olhando pra cima.
Analisando a divisão entre o teto e a parede.
E num momento, me perdi, admito,
e fiquei observando uma mancha clara, que antevia um buraco.
Na parede! Mas podia ser em seu argumento,
pois não era falho, visto que não existia.
E ficou assim, enfim.
Disse que, pois, não era pra ser,
que não sabia direito.
Com cara plastificada,
e com a sobrancelha levantada,
um ar de me desculpe.
Uma cara de perdida.
Segue a vida. Vou pro canto.
Persiste a duvida, a falha. A engenharia.
E passo outras caminhadas trabalhando nisso,
outros pré-sonhos filosofando a questão.
Em tempo, esquecerei, mudarei de foco.
Teria sido melhor,
não ter tido essa conversa.
Pois ainda bem que não a tivemos.

ROMERO, Murillo



3.9.11

Sentimento

Sinto algo tão diferente.
Algo que não sei explicar.
Uma paixão inerente,
que se formou devagar.


De começo: Utopia.
Tornou-se grande amizade,e partiste em anistia.Deixando um pouco de vontade.

Mas aos poucos foi crescendo,
e em grande estilo voltou.E tudo foi acontecendo,Até que a gente se beijou.

E fico sem atrapalhar,
sua calma evolução.E a sorrir e a sonhar,Se sente bem meu coração.

ROMERO, Murillo 2011