3.10.09

Anti-Herói

E a Honra pra onde vai?
E o olhar direto nos olhos de seu pai?
E o olhar direto nos olhos de seu filho?
Como se orgulhar de tão pouco brilho?

Se eu não causar inspiração,
Cá nesta situação, não serei feliz
Como olharei pra ponta do nariz?
E o contentamento ira me sepultar

Os tolos, por sentimentos
Ou por falta de ciência
Demonstram ter magnificência
Em errar na hora errada

Apenas o esforço seria necessário
Mas muitos já saíram machucados
Dos seus desleixos infundados
Duma vontade inócua de viver!

E digo aqui, sem rancor
Nem sentimento negativo
Um anti Herói definitivo
Na falta da ânsia da ambição

ROMERO, Murillo


20.9.09

Poema Lerdinho
.
Oh poeta do trópico oposto,
Por seres poeta caminho convosco
E com essas rimas começo então
Um poema escrito por mais de uma mão!
.
Se o caminho for incerto,
Se a estrada, do nunca e do não,
Tendo o poeta de lá por perto,
Seus passos não serão em vão...
.
E nesse complexo mundo
De loucas sensações de prazer
O sentimento mais profundo
Ao longe o poeta consegue ver
.
Em momentos de mutua tristeza
Aconchegam-se, cálidos em seu lirismo,
A felicidade, inconsequente, vira a mesa.
Saem juntos, fortes, do fundo do abismo.
.
Presos a tempestade de sentimentos,
Desejos perdidos em vendaval constante.
Guardam para eles o melhor do vento.
Deixando para trás o frio cortante
.
Escrevem porque escrevem
Queira ou não acredite você
Escrevem, pois são poetas
.
Poetas da noite e do dia
.
Sonham, embreagam-se de literatura
Acordam tontos com a melodia
Os versos? Sua armadura
Escrevem em total sintonia
.
Rimam por rimar...
.
Escrevem porque sabem amar...
.
ROMERO, Murillo
ULRICH, Vinícius


25.8.09

Sombra
.
A alameda escura,
É grande e trás medo
Mas minha límpida alma pura
Caminha-na com sossego.
.
Caminha sim sozinha
Acompanhada da penumbra
Avisto ao longe uma luz fraca
A Esperança moribunda.
.
Seria a crescente luz
Necessária para a lucidez?
Desvio da rota que me conduz
E que me causa embriaguez.
.
Não bem sei o que procuro
Mas procuro no escuro
Um bar. Um amigo. Uma Saudação
Preciso tirar a sombra do meu coração!
.
ROMERO, Murillo 2009


24.8.09

Sepulcro da Mentira
.
Caí a mascara,
Morre atores,
E vis senhores
Em mor-desgraça
.
Em seu velório
Muitos choram
Não por essa
Mas pela peça
.
Apunhalou o desfeliz
Pouco se restou:
Um sorriso,
E uma cicatriz


ROMERO, Murillo

16.4.09

Das inutilidades da vida

Das inutilidades da vida
.
Debalde acordei
Pois ainda era cedo
Debalde pensei
Mas estive com medo!
.
Debalde sorri
Com singela ironia
Debalde escrevi
Uma longa poesia
.
Debalde lutei
Debalde corri
O inimigo encarei
Mas jamais o venci!
.
A coragem me veio
Debalde novamente
Me aperto no teu seio
Numa suplica eloquente
.
Se tudo que fizestes
Por mais vão que seja
Debalde é que não faz
Inútil, quem não peleja!

ROMERO, Murillo


10.4.09

Poema de Cinema

Poema de Cinema

Morena,
Teus olhos ficaram em mim,
jamais terão saído.
Saudades de ti,
saudades de amigo.
Atrevidos beijos.
Correndo perigo.
Mesmo em baixo da chuva,
pois eu estava contigo!

Na praia,
Lembro-me do mar.
Daquela maresia.
O sol no meu rosto
refletia alegria
Juntos deitados na areia,
na maior sincronia
Eras minha sereia,
só você que não via.

ROMERO, Murillo 2009

31.3.09

A Falácia dos Corações

A Falácia dos Corações
.
Vivemos num mundo prolixo
Amor é dito da boca pra fora
Já vem gravado em prefixos
Esperando mudanças em outrora

Ela e ele, comutativamente,
Dizem desusando a razão.
O quanto a mentira os domina
Machucando, como fratricidas, seu coração.

Laconicamente concluo
Usando uma fina ironia
Atrás de manifestações mil
Às vezes, o Amor é mentira!

ROMERO, Murillo 2009

27.3.09

Gatos

Gatos

Alguém podia me dar amor?
Mas procurei entre amigos
Amaldiçoei-a porque?
Não tendo em vista um motivo
Desagrado intenso que me controla
Amor, sim ele existe, me guiou.

Mas não digam por ai
A todos que adoram
Saibam dizer aos poucos, aos verdadeiros
Sinceramente é um sentimento tão lindo
As vezes não devemos o dizer
Raramente devemos procurá-lo
O amor, no ultimo lugar eu pudi sim encontrar.

Ganhei-o sem merecer
Ouvi conselhos seus, entretanto na hora é diferente
Nunca pensei em assim agir
Zangado? Bravo? Talvez já estive
Acredito que o meu coração
Garantiria o meu amor que julguei eterno
Ademais, o destino dirá

ROMERO, Murillo

18.3.09

Sangue
.
Felizes aqueles que em momentos
de aversão à vida
Choram!
E em cada lágrima que desce
Como se esculpindo o rosto tivesse
Não procuram nela a felicidade
Pois esta, está a meses de mim

Felizes aqueles que tem amigos
E se não tem,
que no mínimo tenha um coração grandioso
Que possua "anticorpos"
Para que aos poucos os sentimentos
Que dilaceram a alma sejam debulhados!

Felizes aqueles que encontram em si
A força suficiente pra se levantar.
Mais felizes ainda, numa escala de felicidade
Aqueles que se levantam inconscientes
Pois tem uma família para o colocar de pé

Infeliz aquele que se contenta com sua desgraça
Que não conhece o significado da palavra esperança
E esquece de que no mundo
Nunca estamos sozinhos
Pois Deus está em nós, e nós estamos com ele!

Aos amigos, aos familiares, aos colegas.
A mim, a Deus!
Redenção a todos que caírem
Humildade aos poucos que subirem!
.
ROMERO, Murillo

16.3.09

Álbum

Álbum
.
A galante Eutychia ouço
Por uma quadriga é conduzida
Exaltando sua maior virtude
Que por milhões fora esquecida!
.
Não é sorrir a todo momento
Nem se trata de ter fé
Felicidade é um sentimento
Que muda como a maré
.
O Feliz vira Triste
como um lusco-fusco belo
Onde a o Sol à Lua insiste
dar o espólio do céu amarelo!
.
É um estado simplório
num tempo finito
De uma mente exacerbada
Impossível de ser transcrito
.
ROMERO, Murillo 2009

7.3.09

Bulício da Saudade

Bulício da Saudade

Ora, sentimento tão bonito,
fora em repulsa desfeito.
Cá já não lhe sinto
dentro de meu peito!

Um coração esvaziado,
espaçado de ternura.
A lacuna restante
agora se transfigura.

O tempo me diz:
Siga em frente.
E tudo que já fiz
Parece ter sido inervente

Amigos, amores, paixões
Pinturas clássicas moldadas?
As vezes meros borrões
das personagens desalmadas!

ROMERO, Murillo 2009

28.2.09

Alicerce

Alicerce

Sobre nossos tropeços
temos um chão
Nele, nada mais
Que mera sustentação[ou não?]

O guiar da vida
Nos leva aos nossos limites
Paradoxalmente falando,
não que o tédio irrite

Somos cordeiros
do sistema desregrado,
Mesmo agindo como loucos,
passageiros degradados.

O mundo segue
O amor flui
pelos ares,
Nos miocárdios displicentes
e nas mentes ociosas

O pomar do alicerce
seja bom ou seja péssimo
Professora mentirosa
Não olhe para o mar,
olhe para o limo!

ROMERO, Murillo [2008]