16.4.09

Das inutilidades da vida

Das inutilidades da vida
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Debalde acordei
Pois ainda era cedo
Debalde pensei
Mas estive com medo!
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Debalde sorri
Com singela ironia
Debalde escrevi
Uma longa poesia
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Debalde lutei
Debalde corri
O inimigo encarei
Mas jamais o venci!
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A coragem me veio
Debalde novamente
Me aperto no teu seio
Numa suplica eloquente
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Se tudo que fizestes
Por mais vão que seja
Debalde é que não faz
Inútil, quem não peleja!

ROMERO, Murillo