5.2.11

ver Nada.

Passa os dias e nada faço,
Flutuo a alma por aposentos.
Durmo muito por poucos tempos.
Prendo a alma com um simples laço.

A saudade, do ócio, me vem,
E em sonhos ultrapasso estradas
Com um singelo par de mãos dadas.
Acordo com a falta de alguém

És de ontem uma antiga paixão.
Se pudesse tu, triste solidão,
Aproximar-me da terra nativa

Ver o sorriso teu que cativa.
Mas tenho os pés no chão, e passo
Os dias a observar a lua de verão.

ROMERO, Murillo