31.12.12


Ano

E sempre passa voando.
Quando eu vejo 31 de dezembro.
E mentalmente vou passando.
Pelos erros que me lembro.

Passo pelos amigos cantando,
E pelos inimigos sofrendo.
Conheci uma gente sambando.
Despedi de alguns em setembro.

E nessa rápida passada.
Percebi toda a magia.
Vi conquistas, superação e uma jornada.

E vêm novas estradas, esperanças e poesia.
Eu não prometo mais nada.
Só prometo passar protetor todo o dia.

ROMERO, M.


23.12.12


Magrela

Faltariam superlativos,
pra dizer o quanto és bela;
E mil artistas seriam preciso
Pra pintar seu sorriso na tela.

Teu diálogo compulsivo
Que a palavra sempre atropela.
Fez de mim um amigo afetivo,
Por uma noite tu foste Aquela.

Sendo guardiã de alguns segredos,
ou escutando minha alegria.
Confortando em momentos de medo.

Divagando alguma teoria.
Foi por esse nosso desenredo,
que lhe dedico essa poesia.

ROMERO, M.



29.6.12

Convívio

Eu necessito de pessoas,
do convívio,
do amor e do carinho.
São elementares,
fundamentais.
Sou infeliz só,
sou só em infeliz.

Uma simples resenha,
ou uma discussão calorosa.
As pessoas são diferentes,
quando não estão sós.
São iguais, todas elas,
quando não estão ambientadas.

Eu sou sincero,
não agrado a todos.
E não me importo.
Faço o certo, ou o errado,
depende do seu ponto de vista.
Depende da direção da sua estrada.

Conforto olhos que choram,
desprezo ironia que apedreja.
Mas desprezo olhos que choram,
e conforto quem foi apedrejado.
Tudo depende do lado.
Tudo depende do laço.

Ser meu amigo,
não é uma vantagem.
Ter um amigo, uma necessidade.
Ser meu inimigo,
não é prejudicial a ti.
Não ter inimigos é perigo,
Perigo mesmo, de si.

ROMERO, Murillo.

25.2.12


Bobona

Diz que vai pra Ribeirão
É melhor pra estudar.
Vai comer só macarrão.
E andar de circular

ROMERO, Murillo.

Garrafas e Confetes

Fico chateado com o descaso.
Não por acaso, foges de mim.
Inludibriado pela situação.
Tal como um gato
foge de um cão.
Tu procuras o fim.

Enfim, não é assim.
Pois o carnaval gritou pra mim,
Na quinta.
Pra antecipar, e por a cinta.
Se embebedar com quem convir.

Descansar a mente do sofrer
Dançar sem medo de se perder.
Beijar bocas com destresa.
Ver que a vida é uma beleza, 
quando passa-se a ressaca
da tristeza.

E levo numa boa.
Digo lá , para o  Rei Momo:
"Se puder descer do trono,
e emprestar sua coroa"
Pra reinar eu, na sanidade, 
e esquecer de ti,
com "marchinhas" já tão
de idade. 


ROMERO, Murillo



14.1.12


Rosso Amarillo Blue

Deitar no travesseiro
Poder os olhos fechar
Um novo poema moldar
Em mim sem por inteiro

Nessa Brisa colorida
Apenas coincidencia?
Quero ser a divergencia.
Dar o ombro a inimiga.

Quero viver a intensidade
cavalgar felicidade
A nossa melhor conversa

Na percepção imersa
Se afogar na controvérsia
ama-la com saudade.

ROMERO, Murillo