20.9.09

Poema Lerdinho
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Oh poeta do trópico oposto,
Por seres poeta caminho convosco
E com essas rimas começo então
Um poema escrito por mais de uma mão!
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Se o caminho for incerto,
Se a estrada, do nunca e do não,
Tendo o poeta de lá por perto,
Seus passos não serão em vão...
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E nesse complexo mundo
De loucas sensações de prazer
O sentimento mais profundo
Ao longe o poeta consegue ver
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Em momentos de mutua tristeza
Aconchegam-se, cálidos em seu lirismo,
A felicidade, inconsequente, vira a mesa.
Saem juntos, fortes, do fundo do abismo.
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Presos a tempestade de sentimentos,
Desejos perdidos em vendaval constante.
Guardam para eles o melhor do vento.
Deixando para trás o frio cortante
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Escrevem porque escrevem
Queira ou não acredite você
Escrevem, pois são poetas
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Poetas da noite e do dia
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Sonham, embreagam-se de literatura
Acordam tontos com a melodia
Os versos? Sua armadura
Escrevem em total sintonia
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Rimam por rimar...
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Escrevem porque sabem amar...
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ROMERO, Murillo
ULRICH, Vinícius


25.8.09

Sombra
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A alameda escura,
É grande e trás medo
Mas minha límpida alma pura
Caminha-na com sossego.
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Caminha sim sozinha
Acompanhada da penumbra
Avisto ao longe uma luz fraca
A Esperança moribunda.
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Seria a crescente luz
Necessária para a lucidez?
Desvio da rota que me conduz
E que me causa embriaguez.
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Não bem sei o que procuro
Mas procuro no escuro
Um bar. Um amigo. Uma Saudação
Preciso tirar a sombra do meu coração!
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ROMERO, Murillo 2009


24.8.09

Sepulcro da Mentira
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Caí a mascara,
Morre atores,
E vis senhores
Em mor-desgraça
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Em seu velório
Muitos choram
Não por essa
Mas pela peça
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Apunhalou o desfeliz
Pouco se restou:
Um sorriso,
E uma cicatriz


ROMERO, Murillo

16.4.09

Das inutilidades da vida

Das inutilidades da vida
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Debalde acordei
Pois ainda era cedo
Debalde pensei
Mas estive com medo!
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Debalde sorri
Com singela ironia
Debalde escrevi
Uma longa poesia
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Debalde lutei
Debalde corri
O inimigo encarei
Mas jamais o venci!
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A coragem me veio
Debalde novamente
Me aperto no teu seio
Numa suplica eloquente
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Se tudo que fizestes
Por mais vão que seja
Debalde é que não faz
Inútil, quem não peleja!

ROMERO, Murillo


10.4.09

Poema de Cinema

Poema de Cinema

Morena,
Teus olhos ficaram em mim,
jamais terão saído.
Saudades de ti,
saudades de amigo.
Atrevidos beijos.
Correndo perigo.
Mesmo em baixo da chuva,
pois eu estava contigo!

Na praia,
Lembro-me do mar.
Daquela maresia.
O sol no meu rosto
refletia alegria
Juntos deitados na areia,
na maior sincronia
Eras minha sereia,
só você que não via.

ROMERO, Murillo 2009

31.3.09

A Falácia dos Corações

A Falácia dos Corações
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Vivemos num mundo prolixo
Amor é dito da boca pra fora
Já vem gravado em prefixos
Esperando mudanças em outrora

Ela e ele, comutativamente,
Dizem desusando a razão.
O quanto a mentira os domina
Machucando, como fratricidas, seu coração.

Laconicamente concluo
Usando uma fina ironia
Atrás de manifestações mil
Às vezes, o Amor é mentira!

ROMERO, Murillo 2009

27.3.09

Gatos

Gatos

Alguém podia me dar amor?
Mas procurei entre amigos
Amaldiçoei-a porque?
Não tendo em vista um motivo
Desagrado intenso que me controla
Amor, sim ele existe, me guiou.

Mas não digam por ai
A todos que adoram
Saibam dizer aos poucos, aos verdadeiros
Sinceramente é um sentimento tão lindo
As vezes não devemos o dizer
Raramente devemos procurá-lo
O amor, no ultimo lugar eu pudi sim encontrar.

Ganhei-o sem merecer
Ouvi conselhos seus, entretanto na hora é diferente
Nunca pensei em assim agir
Zangado? Bravo? Talvez já estive
Acredito que o meu coração
Garantiria o meu amor que julguei eterno
Ademais, o destino dirá

ROMERO, Murillo